VIGÉSIMO QUARTO DIA - Las Flores - Arg

24/JANEIRO
DE LAS FLORES A BUENOS AIRES/COLÔNIA/MONTEVIDEO/PUNTA DEL ESTE

Que 6h que nada. Saímos às 8:30h.

Pau na estrada.
Em Las Cañuellas o Neco acha que estou num posto de gasolina no outro lado da
pista e vai atrás.
Coincidentemente eu estava parando num trevo para esperar por ele. Era uma bifurcação à esquerda e passava por uma linha de trem.
Esperei uns 10 minutos e como ele não apareceu eu achei que tinha virado à esquerda e não me viu.
Voltei e peguei a Ruta da esquerda. Logo em seguida vi que as duas saiam na auto-estrada para Buenos Aires. Menos mal.
Abri o punho e fui a uns 180km/h pra alcançar o Neco antes de entrar em B.Aires.
Rodei uns 20km e nada.
Parei. Se estivesse neste trecho eu já teria alcançado. Aguardei uns 15 minutos e nada.
Pensei: deu merda.
Resolvi seguir até a estação de BuqueBus e esperar por ele.

Rumo ao bairro Puerto Madero.

Estação de embarque/desembarque.

Uns 20 minutos depois ele chega. Isso já era 11:50h.

Daí comecei a correr pra conseguir embarcar às 12:45h.
Era a única opção: Arg$446/pessoa + Arg$336/moto.
Tira informação, saca $$, pega documentos, compra as passagens, e o tempo correndo.
O Neco lá fora com as motos e eu voando dentro do terminal.
Concluí a primeira parte e levamos as motos pro estacionamento ao lado do embarque.
Vamos os dois pra segunda parte: Imigração e Aduana.
Nos mandam para o andar de cima. Chegamos lá e um senhor diz que primeiro deve ser
a Aduana no andar de baixo. Fiz uma cara de desespero e disse que não ia dar tempo
de embarcar. Então ele pega os formulários da minha mão e diz pra aguardar ali mesmo.
Uns infindáveis 10 minutos depois ele aparece. Me pega pelo braço e diz pra segui-lo.
As filas na Imigração eram grandes.
Ele nos leva prum guiche que estava fechado e pede pra nos atenderem.
Uma das mulheres dá uma reinada mas ele a convence.
Em 5 minutos estávamos liberados.
Agora corre (voa) pra baixo pra embarcar.
Subimos nas motos e entramos no Buque Bus, onde uns caras já pegaram as motos e começaram a passar as cintas de fixação.

Subimos e chegamos  na área de passageiros e tava lotadaço.

Algumas pessoas sentadas no carpet e eu já atirei minhas coisas junto a uma coluna e comecei a escrever o relato porque ando muito atrasado.

Só naquele momento é que soubemos que estávamos indo para Colônia (poderia ser Montevideo) e que a viagem ia durar só uma hora (poderia ser 3h), porque com o corre-corre nem perguntei nada, porque sabia que iríamos de qualquer jeito para o Uruguai.

Arco-íris no spray das marolas do Buquebus.

Neco foi fotografando as figuras atípicas no navio.

Só agora escrevendo o relato e revendo a papelada é que descobri que as nossas passagens eram na primeira classe. hahahahahaha. Mas tenho certeza que eu não iria ficar mais confortável do que eu fiquei sentado no chão.
Desembarcamos, cambiamos moeda, abastecemos e fomos passear por Colônia.

Bomba específica para motores dois tempos !?!?

Almoçamos na Praça junto ao farol e comemos Petchuga com papas fritas e Coca-cola.

Voltamos para a estrada rumo a Montevideo e 

lá chegando percorremos toda a avenida costaneira.

Já quase no final da avenida olhamos para o horizonte e vimos mais nuvens negras.

Resolvemos pegar a estrada para Punta Del Este antes do temporal. Mas já estava escurecendo e são130km. Disse pro Neco que não tava a fim de pilotar à noite.

Paramos num posto e nos informaram que havia hotel 30km para a frente ou 3km de onde a gente tinha vindo. Saimos rápido para voltar os 3km. Os raios e trovões aumentavam cada vez mais. Nos 2,8km paramos numa sinaleira e a água desabou com vontade. Avistei um bar na diagonal e toquei a moto em frente. Na porta do bar um cara gritava que havia uma cobertura ao lado. Quando olhei o Neco já estava lá e liguei a moto de novo e segui pra lá.

Só com este desvio de 1 minuto deu pra molhar todo o meu lado esquerdo. Molhar de empapar.A cobertura tinha um telhado de zinco. Parecia que ia tudo pelos ares. As lonas publicitárias se rasgavam e ficavam tipo bandeiras no vento. 

A chuva arrebentava de lado. Coisa terrível.

Close da tempestade.

Depois de algum tempo, que parecem horas, a chuva amainou e fui até o bar para saber onde era o hotel que tinham nos indicado.
Começo a conversar com o cara e olho pra rua: a placa do hotel estava a 10m do bar. Vizinhos de parede.
O que parecia um azarão, virou num boa sorte. Conseguimos suite com ar, frigo e garagem coberta. 

Pela manhã vimos que tinha até piscina.

Depois de nos instalarmos fomos perguntar se tinha alguma coisa para comer. Resposta: Não temos NADA, mas ao lado tem.
Saímos e andamos uns 50m. Era um enorme Centro Comercial, tipo shopping, com Caixa Automático e até MacDonalds.  Tudo resolvido.

Comemos uma MIlaneza no La Fiaca e fomos dormir.
Amanhã só Deus sabe como o tempo vai estar.

Felippe (quico)

Inserção das fotos e legendas: Felippe_Neco